“A Matemática não é neutra, é masculina”: percepções de licenciandas em Matemática sobre gênero

Nos últimos anos, discussões envolvendo gênero e a matemática escolar vêm ganhando espaço, ainda que lentamente, na Educação Matemática. Com o desejo de contribuir para o fortalecimento dessas discussões, o presente artigo tem por objetivo analisar como um grupo de discentes de Matemática compreend...

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Bibliographic Details
Main Authors: Yasmin Cartaxo Lima, Monique Baptista Fragozo, Elenilton Vieira Godoy
Format: Article
Language:English
Published: Universidade Federal Rural do Rio de Janeiro 2023-12-01
Series:Boletim GEPEM
Subjects:
Online Access:https://periodicos.ufrrj.br/index.php/gepem/article/view/834
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Description
Summary:Nos últimos anos, discussões envolvendo gênero e a matemática escolar vêm ganhando espaço, ainda que lentamente, na Educação Matemática. Com o desejo de contribuir para o fortalecimento dessas discussões, o presente artigo tem por objetivo analisar como um grupo de discentes de Matemática compreende a experiência de ser mulher neste curso. Para a constituição do corpus de análise foi realizado um grupo focal com quatro mulheres discentes de Matemática de uma Instituição de Ensino Superior Pública (IESP) da região Sul do Brasil. A partir das informações produzidas no grupo focal, a Análise de Discurso com base em Eni P. Orlandi foi acionada, utilizando-se de deslizamentos e não-ditos para explorar os sentidos que as discentes atribuem às suas experiências. Como resultado, obtivemos os sentidos de vínculo entre opressão de gênero e graduação em Matemática; de ocultamento da opressão para sobrevivência; e de neutralidade Matemática associada ao homem. A partir de tais sentidos, foi construído o enunciado: a Matemática é uma área socialmente construída como neutra, exata, rígida e masculina.
ISSN:0104-9739
2176-2988